quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Hoje é dia de tema livre: vamos todos dar à taramela



A liberdade é uma coisa muito bonita, não é? Pois então: tema livre hoje na Prova Oral. Agúem as gargantas (com líquido à temperatura ambiente), gargarejem para depois não pigarrearem durante o discurso, procurem o tom, experimentem inflexões, interjeições e estigas (estiga é assim mais ou menos uma espécie de trocadilho com vista a picar o interlocutor; por exemplo, duas estigas batidíssimas que agora me ocorrem: durante um telefonema para o talho eu pergunto «tem mãozinha de vaca?», o talhante diz que «não», e eu «então como é que está a segurar o telefone?»; ou para a padaria: «ainda têm pão de ontem?», «temos sim», «é bem feito, não o vendeu», estão a perceber o esquema? O sociólogo e escritor angolano Ondjaki está a tirar um doutoramento sobre estigas... olhem, aproveitem o tema livre e digam para aqui uma estigas - «ó Alvim, tens uns dentes muito bonitos» e o Alvim todo guloso «ai tenho?», «sim, tanto um como o outro» - vêem, é fácil?, mas estas são velhas, inventem umas); ou então não estiguem, falem dos Óscares, dos sacos azuis (e já agora dos amarelos e dos verdes da reciclagem), do reumatismo, do campeonato de badmington que está ao rubro, do que fariam se ganhassem o euromilhões, do vosso balanço sobre estes anos de Prova Oral, sobre a Antena 3, ou sobre o vosso locutor ou locutora preferido: se assim a julgar pela voz, por exemplo, juram a pés juntos que a Xana Alves tem olhos castanho-claros e madeixas de cabelo encaracolado descendo em cascatas festivas pela fraga do seu rosto - oh! -, e que a Marisa Jamaica usa rastas.

Pronto. Portanto: tema livre na Prova Oral e toda a gente a dar à taramela, via 800 25 33 33 ou caixa de comentários desta entrada do blog, a partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

As pequenas ditaduras, segundo Javier Urra



Javier Urra é psicólogo clínico, pedagogo terapeuta, e trabalhou durante três anos com jovens conflituosos no Centro Nacional de Reeducação de Cuenca. É professor de Psicologia na Universidade Complutense de Madrid e vice-presidente da Associação Ibero-Americana de Psicologia Jurídica e assessor e patrono da UNICEF. Entre 1996 e 2001 foi o primeiro Provedor de Menores em Espanha e o primeiro presidente da Rede Europeia de Provedores de Menores. Dele, acabou de ser editado entre nós, pela Esfera dos Livros, «O Pequeno Ditador». Uma sinopse:

«São várias as histórias que nos falam de violência na escola, vemos notícias de professores que não conseguem controlar alunos indisciplinados, de crianças que humilham e maltratam os seus colegas. Mas há uma nova realidade, invisível, fechada entre quatro paredes que é fundamental enfrentar: os pais são vítimas da violência dos filhos dentro das suas próprias casas.

Actualmente existem casos de filhos que batem nos pais. Crianças mimadas, sem limites, a quem tudo se consente, que organizam a vida familiar, dão ordens aos pais, chantageiam quem as tenta controlar. Crianças que se tornam jovens agressivos, que enganam, ridicularizam os maiores, que não hesitam em roubar a carteira da mãe. Adolescentes que desenvolvem condutas violentas e marginais. Em suma, filhos que impõem a sua própria lei.»

Não é preciso recuar muito no tempo: aqueles cuja infância andou pelos anos setenta, princípios de oitenta, sabem, por exemplo, que por muito que não fossemos à bola com determinado professor, certo tipo de atitudes afrontosas eram-nos impensáveis, porque um professor era um professor, um mais-velho era um mais-velho. Mas isto era assim mesmo, ou é a memória a pregar partidas?; por outras palavras: a relação dos jovens com os adultos tem vindo realmente a tornar-se mais conflituosa? - e os jovens, de uma maneira geral, hoje, são mais agressivos e mais violentos para com os adultos do que eram as gerações anteriores?; e se sim, é por isso que hoje se queixam mais os professores do ensino secundário de problemas relacionados com o stress?, ou apenas porque, ao contrário de há uns anos atrás, esses problemas passaram a ser «catalogados» e tidos em conta?; e esta nova geração de pais, com maior acesso a informação, é mais hábil e inteligente a lidar com os filhos ou, pelo contrário, mais facilitista e ausente, deixando muitas vezes, a televisão e a consola de jogos fazer o seu papel?

Via aberta para a discussão: o 800 25 33 33 e a caixa de comentários desta entrada de blog - a partir das 19, com os bate-na-avó Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

BOCA: leitura para os ouvidos


Mário Viegas diz Mário Cesariny

Hoje vamos falar de livros de ouvir - audiolivros - e da empresa que por cá os começou a escrever a tinta de voz: a BOCA. Ouçamo-la:

«O livro era o prazer há muito tempo, escrito, lido, dito, amplificado. Decidimos, por fim, dar-lhe voz e criar uma editora de audiolivros, como há noutras línguas mas ainda não se fez em Portugal, de raiz. Chamámos-lhe BOCA.. Procuraremos criar nesta casa lusófona objectos sonoros vindos de todas a geografias literárias e devolver as histórias contadas a todos os que podem ouvir (e são muitos os que só ouvindo podem ler), aqui, no nosso site, mas também em CD’s, DVD’s, na rádio e na cassete pirata.»

Qual será o mercado esperado para este tipo de produto, para além daqueles que «só ouvindo podem ler»?; e vocês, já se imaginaram no regresso a casa - fora do horário da Prova Oral, evidentemente, ou a gente zanga-se -, a ouvir um livro no leitor de cd’s do carro?; ou no leitor portátil de mp3 durante a viagem de metro? ou de autocarro?, ou de patins?, ou de geringonça voadora?, ou de barril rio abaixo? (e, já agora, contem-nos a voz que adorariam ter-vos assim ao ouvido a ler um livro, e que livro seria esse).

Todos os dias, a partir da 19, aos vossos ouvidos, as bocas de Fernando Alvim e Marisa Jamaica.


sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Nos 20 anos da morte de Zeca Afonso


Zeca Afonso deixou-nos há vinte anos. Nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro; morreu a 23 de Fevereiro de 1987. Pelo meio, uma vida vivida (acontece muito a algumas vidas, serem vividas; a outras não) maioritariamente durante o tempo de uma ditadura bafienta e censora de tudo o que a pudesse arejar (Salazar temia com certeza constipar-se); e por isso e contra isso, a vida de Zeca Afonso foi cheia de canções, poemas e causas.

Vamos falar dele hoje, do seu tempo e da sua obra, com António Macedo, que a conhece profundamente - mas sobretudo vamos aproveitar para falar de nós, o que em nós ficou do seu legado, e especular sobre quem seria Zeca Afonso nos dias hoje.

E queremo-vos a vocês, queridíssimos ouvintes, como testemunhas desse legado - quer lhe tenham sido contemporâneos, quer tenham tido dele ecos mais tardios -, e como colegas de especulação: de serviço, têm o 800 25 33 33 e a caixa de comentários deste post.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Pedro Lima e a origem do Surf em Portugal



A conversa de hoje adivinha-se deliciosa com um convidado especialíssimo: chama-se Pedro Lima e, em meados da década de sessenta, deu à costa (salvo seja) na Linha do Estoril com uma prancha de Surf debaixo do braço - a primeira prancha de Surf avistada por estes lados.

Além do mais, Pedro Lima é um aventureiro nato, com uma vida cheia de viagens e práticas desportivas estranhas para um país fechado, conservador, tradicionalista, como era o nosso em pleno Estado Novo. Reparem no currículo que recolhemos:

Começou a montar a cavalo aos 6 anos; começou a praticar box aos 11 anos (até aos 19); campeão 2ª Divisão de Hóquei em Patins (Parede) em 1949; jogou Hóquei, Futebol e Rugby universitário; tirou a Carta de Patrão de Vela em 1945; começou a fazer bodysurf em 1945; começou a fazer surf (em pé) em 1960; caça submarina e mergulho em 1949; mergulhou com o team Cousteau; começou a fazer ski de neve em 1949; fez asa delta e voo à vela (planador); começou a fazer windsurf em 1980; fez viagens à vela longa distância/Dr. Bombard...

Se hoje muitas destas actividades são mais ou menos triviais em certos meios - embora, ainda assim, praticá-las todas juntas seja obra -, imaginem nas décadas de cinquenta, sessenta e afins. Como reagiu o Portugal dessa altura a um excêntrico com uma coisa debaixo do braço que parecia uma tábua-de-passar-a-ferro sem as pernas?; como foi aderindo aquela geração ao Surf?; e o Salazar, sabia?

Vamos folhear sonoramente o álbum de fotografias de Pedro Lima e conversar não só sobre Surf - passado e futuro -, mas também sobre uma época onde o cinzentismo esmagava e alienava todos, ou quase todos, e onde qualquer pontinho colorido na paisagem - como uma prancha de Surf, por exemplo -, fazia muita diferença.

Contamos com a vossa curiosidade, os vossos comentários, as vossas memórias e perplexidades, via 800 25 33 33, a partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Bruna Surfistinha na Prova Oral



Bruna Surfistinha, pseudónimo de Raquel Pacheco, é uma ex-prostituta que, aos vinte e um anos de idade, decidiu retirar-se da mais velha profissão do mundo e relatar as suas experiências em livro - e em boa hora o fez, que a coisa vendeu a rodos no Brasil. E porque «O Doce Veneno do Escorpião» (assim se chama o volume em causa) acabou de ser editado cá, vamos tê-la na Prova Oral para uma conversa. Ora leiam a informação que nos chegou sobre o assunto:

«E se uma prostituta resolver fazer os relatos mais íntimos e picantes das suas aventuras? E se, sem pudor, der a cara para falar de três anos de experiências arrojadas e despidas de preconceitos? Poderia parecer ficção, mas não é. Porque a vida de Raquel Pacheco é mesmo verdadeira e assente num punhado de episódios normais no quotidiano de uma "garota de programa" que decidiu passá-los a livro - o resultado é "O Doce Veneno do Escorpião".

Filha de pais de classe média, Bruna Surfistinha - assim se auto-denomina no livro - tinha apenas 17 anos quando fugiu de casa e decidiu começar a prostituir-se. Iniciou-se pelos clubes privados, mas rapidamente optou por trabalhar sozinha, num apartamento arrendado.

Até aos 21 anos, altura em que se apaixonou por um cliente e abandonou a prostituição, Bruna Surfistinha passou pelas mais variadas experiências sexuais com homens, mulheres e em grupo: "Sou a Bruna, faço oral, vaginal e anal."

Em "O Doce Veneno do Escorpião", a jovem dá a conhecer todos os pormenores de uma vida centrada no sexo porque acredita que, assim, pode contribuir "com dicas capazes de tornar a vida sexual dos leitores mais interessante e de apimentar uma brincadeira a dois, três, quatro, cinco..."

Já publicado nos Estados Unidos, Inglaterra e por toda a América Latina, "O Doce Veneno do Escorpião", só no Brasil vendeu mais de 250 mil exemplares. O livro será adaptado ao cinema até final do ano. A autora tem ainda um blogue visitado diariamente por 15 mil utilizadores.»

Oportunidade única, portanto, para satisfazerem junto à fonte a vossa curiosidade - sobre as situações mais estranhas com que a nossa convidada lidou, as mais curiosas, as mais divertidas, as mais assustadoras; e também partilharem connosco a vossa opinião não só sobre este livro, caso o tenham já lido, mas igualmente sobre este tipo de relatos, saídos da intimidade para o papel, que cada vez mais povoam as estantes das livrarias e despertam a curiosidade de muita gente: interessa-vos à partida?, não interessa, mas como toda a gente fala do assunto, acabam por se interessar?, ou são livros que vos passam completamente ao lado?

Têm à disposição, já sabem, o 800 25 33 33, o Fernando Alvim e a Marisa Jamaica: tudo a partir das 19.

PS: o vídeo que encima este post é o excerto de uma entrevista de Bruna Surfistinha a Jô Soares.



Passatempo Prova Oral/ Restart/Workshop de Guerilha Dv.


Atenção, até ao dia 26 deste mês, a prova oral juntamente com a Restart (www.restart.pt)vai realizar um passatempo que dará ao vencedor a possibilidade de participar no workshop de Guerrilha DV.

O workshop de que agora falamos é um curso inicial intensivo orientado para todos aqueles que sempre acreditaram ser possível fazer filmes de baixo custo com a sua câmara de vídeo digital (Mini DV), mas não sabiam como, ou mesmo para aqueles que queiram acima de tudo aperfeiçoar a sua técnica, seja em termos de escrita, direcção, captação de imagem ou Montagem.

Esta é por isso uma grande oportunidade para todos os ouvintes da prova oral que podem ganhar acesso a este workshop sem que tenham que pagar nada por isso. Basta, apenas e só , que vençam o passatempo.

E assim, o que pedimos é que até ao dia 26 nos façam chegar uma sinopse com uma grande ideia para uma curta metragem que se proponham realizar. A melhor ideia (Sinopse), já decerto advinharam, vai ganhar acesso ao workshop de que se fala.

Será a Restar a escolher o vencedor mas devem enviar o vosso mail para: provaoral@rdp.pt. Até ao dia 26 deste mês.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Trilogia Eles vs Elas. Última Emissão

E hoje é o último dia da baptizada agorinha mesmo "Trilogia Elas vs Eles". Se bem se recordam, na primeira emissão 5 mulheres falaram sobre eles e na segunda 5 homens falaram sobre elas. Na última, que é hoje, juntamos ambos os sexos, 4 homens e 4 mulheres - porque não havia microfones para mais - a falarem uns sobre os outros de forma assertiva e parece-nos bastante civilizada.

Ainda assim, se ouviram alguma das emissões e acham que ficou alguma coisa por dizer, pois façam-no através deste blog deixando um post com a vossa opinião, pergunta ou provocação.

Podem também dar sugestões para novas emissões especiais que nós gostamos.

Hoje, Mulheres vs Homens, a última emissão. A partir das 19, na Antena 3.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Rui Lage e a nova poesia portuguesa na Prova Oral



No seu blog, a propósito do comentário de um leitor que disse não gostar de poesia, o poeta valter hugo mãe (assim mesmo, em letra pequena), respondeu: «pá, nem sei que te diga. a sério. mas há alguma coisa que me frustra no facto de alguém dizer que não gosta de poesia. se eu te disser «portugal não é um país, é um lugar mal frequentado» (o'neil) ou «felizes aqueles que administram sabiamente a tristeza e aprendem a reparti-la pelos dias» (ruy belo), não reages? é horrível? porque está designado como poesia? hummmmm. não pode ser. não gostar, assim categoricamente, de poesia, é como não gostar de falar. como se fosse melhor sermos mudos e não existirem palavras.»

Vamos pois, na emissão de hoje da Prova Oral, falar de poesia - do quanto o nosso país é, ao mesmo tempo, um país de poetas e de pessoas a quem a poesia passa completamente ao lado. E connosco estará Rui Lage, poeta, tradutor e crítico literário desta novíssima fornada (nasceu em 1975). Publicou os livros de poesia «Antigo e Primeiro», «Berçário», «Revólver», traduziu para português Paul Auster («Poemas Escolhidos») e Pablo Neruda («Crepusculário»), tudo sob a chancela das Quasi; autor ainda da antologia e ensaio «a meta física do corpo - sobre a poesia de valter hugo mãe», edição Cosmorama. Fundou e dirigiu durante alguns anos a revista aguasfurtadas que foi e continua a ser uma espécie de farol de jovens autores em fermentação. É membro da Fundação Eugénio de Andrade.

Que temos nós a ver com poesia?, ou que tem a poesia a ver connosco?, lê-la ou não lê-la, que diferença faz? - se apanhamos e perdemos à mesma o autocarro, se não nos resolve os problemas de canalização da casa, se não nos ajuda nas limpezas periódicas, não muda a areia ao gato, não atenua a dor de dentes nem previne o aparecimento do herpes labial; o que é ler poesia, no fim de contas?; o que é compreender - tirar partido - de um poema e como se pode ensiná-lo escola sem fazer com que parte dos estudantes lhe fujam a sete pés?

Tópicos e mais tópicos para a conversa, onde podem e devem participar, como sempre, ora falando pelo 800 25 33 33, ora escrevendo na caixa de comentários aqui do blog. Já agora: qual foi o último poema que leram?; vá, partilhem connosco algum verso que vos tenha marcado, mesmo que vos tenha vindo às mãos e à mente via sms de telemóvel e não façam a mínima sobre o autor.

Hoje, a partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.




O vídeo em cima é um excerto da actuação dos Naifa, no Theatro Circo, em Braga, no final do ano passado: «A verdade apanha-se com enganos», canção com poema de Pedro Sena-Lino.



P.S - Passatempo Prova Oral/ Restart/Workshop de Guerilha Dv.


Atenção, até ao dia 26 deste mês, a prova oral juntamente com a Restart (www.restart.pt)vai realizar um passatempo que dará ao vencedor a possibilidade de participar no workshop de Guerrilha DV.

O workshop de que agora falamos é um curso inicial intensivo orientado para todos aqueles que sempre acreditaram ser possível fazer filmes de baixo custo com a sua câmara de vídeo digital (Mini DV), mas não sabiam como, ou mesmo para aqueles que queiram acima de tudo aperfeiçoar a sua técnica, seja em termos de escrita, direcção, captação de imagem ou Montagem.

Esta é por isso uma grande oportunidade para todos os ouvintes da prova oral que podem ganhar acesso a este workshop sem que tenham que pagar nada por isso. Basta, apenas e só , que vençam o passatempo.

E assim, o que pedimos é que até ao dia 26 nos façam chegar uma sinopse com uma ideia para curta metragem que se proponham realizar. A melhor ideia (Sinopse), já decerto advinharam, vai ganhar acesso ao workshop de que se fala.

Será a Restar a escolher o vencedor mas devem enviar o vosso mail para: provaoral@rdp.pt. Até ao dia 26 deste mês.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Os Serviços Secretos Portugueses segundo José Vegar



José Vegar é escritor e jornalista, especialmente interessado nos casos de polícia, de corrupção, de segurança. Sobre isso editou recentemente, em parceria com Maria José Morgado, «O Inimigo Sem Rosto» e, mais recentemente ainda, «Serviços Secretos Portugues - História e Poder da Espionagem nacional» - livro que teremos hoje em cima da mesa da Prova Oral. Segue então uma pequena sinopse:

«A segurança dos cidadãos e o poder do Estado dependem dos seus serviços secretos. Baseado numa investigação rigorosa com mais de uma década, este livro mostra-nos pela primeira vez a realidade oculta dos serviços secretos portugueses. As ameaças que investigam, os métodos de pesquisa e análise utilizados, o modo como se movimentam no terreno e com que riscos se defrontam os seus operacionais. A ameaça real do terrorismo islâmico no nosso país, o perigo causado pelo crime organizado global, o tráfico de armas e estupefacientes cada vez mais sofisticado, as redes de máfia chinesa impenetráveis, a manipulação do bilhete de identidade nacional por falsificadores de todo o mundo, ou a omnipresença da corrupção numa sociedade cada vez mais dominada por interesses. Serviços de Informações de Segurança, Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Polícia Judiciária, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, PSP e GNR são as principais forças que entram neste perigoso jogo e se confrontam na disputa do espaço das informações e do controlo de um território marcado pela indefinição de fronteiras e competências. Um mundo onde reina a conflituosidade e a falta de cooperação.»

Sob escuta estará o nosso 800 25 33 33, para onde poderão perguntar e comentar, não só a respeito destas questões todas da segurança nacional - o que mais vos intimida?; confiam nas nossas várias polícias?; consideram que frequentemente, em nome dessa segurança, as autoridades pisam o risco e se tornam invasivas e castradoras (ui) das liberdades individuais? -; mas também sobre o processo da escrita deste livro: se foi difícil investigar matérias tão secretas, se quem detinha a informação se predispôs a facultá-la ao jornalista ou, em vez disso, este teve que se vestir de James Bond, entrar no jogo e investigar segundo as mesmas regras dos serviços investigados? E por falar em James Bond, que tradição temos de espionagem? Algum agente, ao longo da História houve, assim particularmente carismático?

Hoje, a partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão, que neste momento, lá de baixo, observam a janela do vosso prédio, de sobretudo e chapéu, fingindo não se conhecerem um ao outro.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

DeRose, Yoga e tudo à volta, na Prova Oral


A DeRose Party, a decorrer dia 17 deste mês na casa da música, tem propósitos específicos, para além de uma mera festa, com uma banda e vários DJ’s: «Sensibilizar a sociedade, e em especial as camadas jovens, para a melhoria da qualidade de vida no contacto com a música, sem recorrer ao fumo, ao álcool e às drogas; propor uma nova abordagem no mundo musical; criar uma nova tendência e oportunidade de intervenção de Instituições oficiais, no âmbito da prevenção, educação e desenvolvimento integral».

Connosco, hoje, na Prova Oral, para nos falar destes propósitos, estará o Presidente da Federação de Yoga do Norte, Luís Lopes e o Professor e Director executivo da Uni-Yôga, Charles Maciel, que é também percussionista da banda Shivaratri, que irá actuar na DeRose Party (confiram no cartaz que abre este post).

Antes de mais: pratica-se e ensina-se Yoga com qualidade em Portugal?; a aura mística à volta desta disciplina tem dado azo a muita confusão e oportunismo: está hoje o público mais e melhor informado que há uns anos atrás?, é mais exigente?, ainda acontece comer-se um bocadinho gato por essas academias afora? E o que é, no universo do Yoga, o método DeRose? E o que distingue o papel do Yoga na promoção de estilos de vida saudáveis, relativamente a outras práticas desportivas?; e como se encaixa uma banda, no caso os Shivaratri, neste contexto? E, falando de música, e de arte de uma maneira geral: a arte, por natureza, se for arte em vez de puro entretenimento, quebra convenções, revoluciona, inquieta - e a inquietação nem sempre faz bem ao estômago, ao fígado, ao coração; é conciliável a liberdade criativa e saúde?

E, já agora, apesar de toda a informação disponível sobre estilos de vida saudáveis e não saudáveis, pensarão os nossos convidados e o nosso público que se continua a fumar de mais, a beber de mais, a comer porcarias a mais - e cada vez mais cedo?

Estes e outros assuntos poderão ser comentados e indagados por vocês, via 800 25 33 33, a partir das 19, na Prova Oral, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

OK K0 Edição Especial Dia dos Namorados








Um dia antes do dia dos namorados o ok ko volta à antena da Prova Oral para mais uma edição melosa mas igualmente explosiva.




Para quem nunca ouviu, o ok ko não é mais do que um passatempo que mede compatibilidades entre duas pessoas que não se conhecem, vencendo aquelas que melhor se entenderem.

Estes são os prémios para o casal vencedor:
Uma noite no São Rafael Suite Hotel em Albufeira www.cs-saorafaelsuitehotel.com. Alojamento e jantar, um dos participantes em destaque no Algarve Convida, dias 16, 17 e 18 Março no Pavilhão Atlântico-www.visitalgarve.pt)
A empresa "A Vida é Bela" oferece uma Massagem Tailandesa para cada um.
A creative oferece 2 Webcams do modelo "Live! Cam Optia"
A Making moments oferece 2 Kits Appetites de Portugal (http://www.appetitesdelisboa.com/)

2 Livros "Superflirt" da Editora Civilização
2 Livros "Beija-me" da Editora 101 Noites
2 Livros "Massagens Sensuais" da Editora Ideias de Ler
2 Livros "O Último Rei da Escócia" De Editorial Magnólia, juntamente com a Banda Sonora do filme "O Último Rei da Escócia" que acaba de estrear
2 CD's OiOai/ Emi
2 Cd's Bob Dylan/ Sony
2 Dvd's do filme Amor Cão


Para os que ficarem em Segundo lugar:

Um fim-de-semana no hotel rural Casa da Nora em Leiria.



Contudo, sabendo que esta é também uma oportunidade de alguns vocês se declararem na rádio a propósito do dia dos namorados, saibam que este post serve exactamente para isso. Para que possam aqui deixam uma fogosa declaração de amor à vossa cara metade, ao vosso mais que tudo, à vossa amante, ao vosso caso, à pessoa que vocês gostam e não vos sai da cabeça.




As mensagens mais originais serão lidas na edição de hoje e a melhor de todas irá receber o último disco de Bb Dlan, o livro " Beija-me" da 101 noites e ainda um perfume Clinique Happy.




Razões mais do que suficientes para ouvirem a edição de hoje e participarem activamente na mesma. Numa remelenta e xaroposa edição do Ok Ko.


Com Fernando Alvim e Xana Alves. Inscrevam-se através de provaoral@rdp.pt. Deixem nome, idade, profissão e contacto ou telefonem para o 800 25 33 33.



segunda-feira, fevereiro 12, 2007

A importãncia do Argumento com Rui Vilhena e Aguinaldo Silva


O Argumento com Rui Vilhena e Aguinaldo Silva



É a face menos vísivel dos filmes, das novelas, das séries, mas está sempre lá, sempre lá. Lembramo-nos de uma frase e imediatamente associamos a mesma ao actor e ao filme, mas na verdade, na grande maioria dos casos, nunca nos lembramos dos argumentistas. E são eles que decidem quase tudo – desde o que irão dizer os actores até ao que deverão usar quando o fizerem, em que sitio é que deverão estar – são eles que decidem quase tudo – desde o storyline que não deve ter mais de 5 linhas, a personalidade de cada personagem, a forma como uma cena deve passar para outra, as elipses de tempo, os pormenores a introduzir, a forma como poderão desconstruir e fugir do óbvio ,mudar a história, perceber que por ali não dá, não dá! e se for preciso alterar tudo, 5 minutos antes da a cena ser gravada, pois terá que ser.

Rui Vilhena, autor de Ninguém como Tu e Tempo de Viver, e Aguinaldo Silva, autor de Senhora do Destino, Vale Tudo, Tieta do Agreste, entre muitos outros sucessos da rede Globo são por isso os convidados da emissão de hoje. Importa por isso , perceber quais os ingredientes para o sucesso de uma novela, o que distingue os guionistas das novelas brasileiras dos das portuguesas, o que pode e se deve dizer na escrita de um guião e quais os erros mais comuns.

Façamos perguntas, ouçamos estes dois mestres do guionismo e tentemos trazer para a emissão de hoje, diálogos ou cenas que fixamos de filmes, séries ou novelas que vos tenham de algum modo marcado.

Não esqueçam a linha:800 25 33. A mesmo que deverão usar para se inscrever na edição de amanhã do ok ko. Neste momento precisamos apenas de elementos do sexo feminino. É favor inscreverem-se que a coisa vai valer a pena.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

A arte da ruína na Prova Oral

Pronto, está bem, eu digo-vos o nome da convidada de hoje: María Jesús Álava Reyes, de quem acabou de ser editado o livro «A Arte de Arruinar a Sua Própria Vida - do sofrimento inútil às relações inteligentes». Uma sinopse do objecto da nossa atenção:

«Muitas vezes culpamos os outros, as circunstâncias, as adversidades, a vida pela nossa infelicidade. Porque não conseguimos comunicar as nossas emoções, porque deixamos que os outros controlem a nossa vida, porque nos deixamos levar em situações difíceis... No entanto, somos nós próprios os responsáveis pela nossa felicidade. Sabendo isto temos consciência que está nas nossas mãos invertermos o jogo. Isto é tomarmos as rédeas da nossa vida. Basta aprendermos a dominar o segredo das emoções e das relações humanas. Aprendermos a criar empatia com o outro e a ganhar a sua confiança. Neste livro, esta psicóloga com mais de 25 anos de experiência clínica ensina-nos as regras de ouro de uma boa comunicação, regras tão simples como aprender a ficar calado quando o outro precisa de falar ou aprender a dizer não. Porque a felicidade aprende-se.»

Pegando na última frase, «porque a felicidade aprende-se», contem-nos quão bons ou maus ou médios alunos têm sido na arte de a aprender... ou se acham que a felicidade não se aprende, mas acontece (ou vai acontecendo). Mais uma vez a comunicação entre as pessoas como tema na Prova Oral. O telefone é o 800 25 33 33, a partir da 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Eu seduzo, tu seduzes, ele seduz



Nas escolas, nos hospitais, nas filas para o registo dos totolotos, nas paragens dos autocarros, no hall dos serviços municipalizados, na berma das estradas, nas fábricas e explorações agrícolas - a esta hora toda a gente se interrogará sobre o convidado de hoje na Prova Oral.

Pois bem, chega de suspense: será a Dra. Miren Larrazábal, psicóloga do Instituto Kaplan de Sexologia e Psicologia de Madrid, que nos vai falar, entre outras coisas, da workshop «A Arte da Sedução - Os segredos da sedução e da atracção», que dinamizará entre nós nos próximos dias 9 e 10, sob a chancela da Sentidos e Sensações (em cujo site todos os potenciais workshopers, encontrarão informação prática).

Quanto a vós, sedutores e atractores (a palavra não soa bem, de facto), queremos que nos digam sobre o lugar da sedução na vossa vida, se acham importante seduzir todos os dias a bem-amada ou bem-amado, mesmo que, como se costuma dizer nas tabernas e nas bancadas dos jogos da terceira liga (e da primeira), ele ou ela «já estejam no papo». Contem-nos igualmente das palavras, dos gestos que mais vos seduzem, do que vos atrai ou retrai mais no próximo - e já agora, falem-nos das gafes que cometeram tentando seduzir (por exemplo, ditos que há partida, mentalmente, vos pareceram sedutores mas que, depois de verbalizados resultaram pirosos até dizer chega).


O telefone é o 800 25 33 33, a hora é a décima nona (pronto, às 19) e os sedutores de serviço serão o Fernando Alvim e a Marisa Jamaica (um dos dois, imaginem, é especialista numa prática ancestral de sedução conhecida entre os eruditos antigos como «tanga»).

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

PELO SIM PELO NÃO - ULTIMA EMISSÃO

Terminamos hoje na Prova Oral a série de emissões dedicadas ao referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.

Para a troca de ideias, teremos connosco: Carolino Monteiro (apoiante do Sim) e José Ferreira Martins (apoiante do Não).

E como isto diz respeito a todos, convidamos, como fazemos sempre, quem quiser a juntar-se à discussão; ora via 800 25 33 33, ora via caixa de comentários , antena3pelosimpelonao o blog que criámos especificamente para o tema.

Já sabem, a partir das 19, com Fernando Alvim e Raquel Bulha.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Eles & Elas sobre Elas & Eles



Depois de Elas sobre Eles; depois de Eles sobre Elas - eis agora, para que nada fique inteiro na casa, Eles & Elas sobre Elas & Eles; quer dizer: tudo de uma vez só, num autêntico mosh palavroso.

Hoje o estúdio da Prova Oral ficará oficialmente transformado numa lavandaria, e todos vocês estão convidados, via 800 25 33 33, a trazerem uma pecinha de roupa suja para lavar - ou talvez não, mas um dito carinhoso, uma declaração de ternura pelo sexo oposto, agora que estamos em época de São Valentim, quase quase às portas da primavera - e não tarda que as flores cheirosas desabrochem e as primeiras andorinhas cruzem o céu da nossa janela.

A partir das 19, na Prova Oral, com o Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Pelo Sim, Pelo Não - novamente.

Continuamos hoje na Prova Oral a série de emissões dedicadas ao referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.

Para a troca de ideias, teremos connosco: Paula Moura Pinheiro (apoiante do Sim) e Tiago Duarte (apoiante do Não).

E como isto diz respeito a todos, convidamos, como fazemos sempre, quem quiser a juntar-se à discussão; ora via 800 25 33 33, ora via caixa de comentários do Pelo Sim Pelo não, o blog que criámos especificamente para o tema.

Já sabem, a partir das 19, com Fernando Alvim e Raquel Bulha.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Pedro Cardoso: um auto-falante na Prova Oral



As Produções Mandrake estão a apresentar uma série de espectáculos a que chamaram «Humor de Culto»: «Humor da melhor qualidade, sofisticado, inteligente, crítico, ácido, contemporâneo; espectáculos que fogem da vulgaridade e se distanciam do mainstream; projectos nacionais e internacionais com grandes actores e excelentes textos», lê-se no blog.

E a propósito desta série e mais especificamente de um dos espectáculos dela, O AutoFalante, que depois de bem sucedidas exibições além-mar passará, entre 7 e 16 deste mês, pelo teatro A Barraca, vamos ter à conversa na Prova Oral o actor que a esgalha - à peça, bem entendido -, de seu nome Pedro Cardoso.

Eis um resumo d’O AutoFalante para vos abrir o apetite às perguntas: «A peça conta a história de um homem desempregado que sofre uma crise de comunicação com o mundo e passa a falar sozinho. Fica tanto tempo isolado de tudo, tendo sempre somente a si mesmo como companhia, que acaba por se aborrecer de si próprio. Não se suporta mais e nem mais sozinho consegue falar. Discute consigo mesmo e resolve não voltar a falar com ele próprio. Absolutamente só, decide "procurar-se" para pedir a si mesmo que interceda por ele - que agora já se dividiu em duas pessoas. A partir de então, a sua personalidade divide-se em milhares dele mesmo. A aventura passa a ser a tentativa de organizar "todos" numa nova unidade de si mesmo».

Isto promete. E vocês?, como andam as vossas comunicações com o mundo?; e convosco próprios?; alguma vez amuaram, por enfado, com a figura que de manhã vos aparece ao espelho a acusar a barba por fazer e as olheiras do sono solto?; alguma vez se cansaram da voz que dentro de vós («a voz que dentro de vós», que bonito, esta foi à profissional da língua - salvo seja), da voz que dentro de vós, dizia eu, vos tagarela continuamente a roupa-suja da alma? Hum?

Sentado no divã à vossa espera estará o 800 25 33 33, que não é propriamente um profissional da psicanálise - mas que, em contrapartida, cobra muito menos; hoje será, pois, uma Prova Oral sobre teatro, sobre humor, sobre comunicação e acima de tudo - porque estas coisas andam mais ligadas do que parece - sobre a solidão dos dias de hoje. A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Ricardo Palacin e o fim da Sic Comédia



Parece que encolheu - valha-me-deu - o pátio da minha avó; na varanda dos meus pais onde dantes jogava à bola, agora nem um passo inteiro dou sem bater no gradeamento; a banheira já não me permite as magníficas jornadas de natação da infância e, ao invés de intrépido nadador fugindo do patinho de borracha metamorfoseado em tubarão branco, sou um náufrago apático sem direito sequer a ter o tronco e os joelhos cobertos de água quente ao mesmo tempo (e oh, como nos dias mais frios é doloroso optar entre uma parte e outra); também já não me besunto a comer os gelados embora, simbolicamente, deixe cair bocadinhos de chocolate semi-derretido sobre a camisa branca, para que a nostalgia da nódoa me comova; as férias grandes deixaram de ser grandes e duram só o instante de uma piscadela de olhos, ainda por cima remelosos, de quem tem pouca vontade de acordar; e como as desgraças andam sempre ao pares (2, 4, 6, 12, eu sei lá: multiplicam-se) a Sic Comédia acabou - coisa que não tem graça nenhuma.

E para nos falar da graça nenhuma desse fim, Ricardo Palacin, ex-director da dita cuja, virá hoje à Prova Oral; virá ele e virão vocês, caríssimos provoralenses: proponho que contem a vossa experiência de espectadores da Sic Comédia, de que programas gostavam mais, menos, e o que acham do facto de o canal ter acabado de forma tão abrupta (podem derramar uma lágrima, que é bonito), como quem nos arranca um penso rápido de um só golpe. Ai.

Usem o 800 25 33 33, sim?, que esse nunca acabará; a partir da 19, com um infinito Fernando Alvim e uma Marisa Jamaica de perder de vista.